terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

A Violência e o turismo

Depois dos ataques terroristas de 11 de setembro ao Word Trade Center, o mundo jamais foi o mesmo pois ficaram abaladas as esferas políticas, sociais, culturais e econômicas, em especial no caso do turismo haja visto que o incidente envolveu dois aviões de passageiros e um ponto turístico importante dos E.U.A o Word Trade Center.  Os impactos no setor turístico fizeram-se sentir também na queda das vendas de pacotes turísticos aos E.U.A, falência de empresas aéreas e turísticas, sem falar na paranóia generalizada que atingiu toda a população.
Em um destes episódios trágico, o noticiário da TV nos mostrava um ataque terrorista, onde uma bomba explodiu em frente a uma danceteria em Bali (Indonésia), e que esta,  tinha como seus principais freqüentadores turistas de toda parte do mundo, trazidos pela beleza paradisíaca do lugar que vive essencialmente do turismo.  Atentados e seqüestros, que tem como alvo turistas, começam a se tornam freqüentes.    
Poderíamos citar milhares de eventos catastróficos que vêem ameaçando toda a ordem  social, econômica, cultural, que por vezes fazem vítimas inocentes em nome do fanatismo e intolerância. Os terroristas escolhem os turistas como seus alvos porque, em primeiro lugar terão uma ampla cobertura da mídia internacional, e em segundo porque a chance de haver um incidente diplomático entre países, líderes ou organizações é muito alta, gerando com isso o caos e a desordem.  
Embora no Brasil não tenhamos ataques terroristas ou catástrofes naturais  possuímos problemas sociais gravíssimos, como a má distribuição de renda, desemprego,  as favelas, o narcotráfico, etc, que conseqüentemente leva a um resultado final de violência e desordem estampados freqüentemente nos principais veículos de comunicação  do mundo, afetando com isso a imagem do nosso país e conseqüentemente da economia, com a queda de ingresso de turistas estrangeiros.  Não é demais lembrar que além de todos os crimes assasinatos e corrupção que acontecem em nosso país e tornam-se destaques da imprensa mundial. Até mesmo a imagem do Brasil que esta sendo passada pela indústria cinematrográfica brasileira ara o exterior não é das melhores. O filme cidade de Deus retrata a história de uma favela carioca regada a muitos tiros, mortes e drogas, e assim com o teor carregado de violência segue o filme Carandiru e finalmente a filme O Homem que copiava, onde a história é centralizada na questão do esterionato, roubo a banco  e algumas “mortes básicas”. Sem dúvida são ótimos filmes, com um ótimo enredo, mas que aos poucos vão formando uma imagem esteriotipada e trágica de nosso país.        
A Expressa Brasileira de Turismo (EMBRATUR), em uma pura estratégia de marketing, no passado chegou a realizar suntuosos gastos, visando “vender uma imagem positiva” de nosso país no exterior. Mas antes vendermos uma imagem devemos buscar a resolução ou atenuação dos principais problemas sociais para que daí então, possamos vender uma imagem verdadeira de nosso país. “Maquiar” uma situação é ser conivente com os problemas e com sua perpetuação.

Luiz Fernando Roscoche

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