No dia 21 de agosto de 2001, milhares de pessoas das mais diversas partes do estado se dirigiram para a assembléia legislativa para impedir que vendessem uma das empresas mais lucrativas do estado, que só no ano passado acumulou um lucro de R$430.000.000 (milhões) de reais e possuidora de um patrimônio líquido avaliado em R$5.000.000.000 (bilhões) de reais.
Gerando 5,786 Mw em 18 usinas a COPEL possui cerca de 3.839 funcionários, e que certamente estam com seus dias contados.
Mas o que se viu no dia 21 de agosto na praça da Assembléia Legislativa foi um palco de guerra declarada ao povo, cerca de três mil homens da polícia entre eles a tropa de choque, cavalaria, GAT –Grupo de Operações Especiais, todos eles cercando a assembléia ou infiltrados em meio a manisfestação.
Desprovida de políciais a cidade de Curitiba viu acontecer 10 assaltos a bancos.
O que viu não foi só as bandeiras ou o vermelho do sangue de manisfestantes e polícias, foi também o enrubescer das faces dos policias que tinham que atacar as pessoas que dias atrás torciam e davam apoio pela greve promovida pelas suas mulheres por melhores salários a seus maridos. Nna verdade, tanto manisfestantes e policiais ocupavam a mesma posição, ou seja, vítimas de um inimigo que se amparada pelo poder político, econômico e policial.
Muitos podem ter achado grotesca a cena de violência vista na última segunda-feira, mas essas cenas, se repetem cada vez mais quando alguma classe reclama por seus direitos. Foi assim quando os caminhoneiros protestaram contra a privatização das estradas com a implantação do pedágio e o governo usou a polícia para acabar com seus protestos, ou quando ás mulheres dos policiais militares protestavam por melhores salários para seus maridos. Mas tudo isso poderia ser evitado se existisse uma real democracia e povo fosse escutado assim como aconteceu em Londrina onde o povo foi as urnas para votar pela privatização ou não da SERCOMTEL, que acabou não sendo privatizada.
Afirmo com certeza que a violência mais nefasta e revoltante foi cometida pelos verdadeiros bandido e ladrões que se encontravam dentro da Assembléia, violência esta que atingiu todo um estado, e cerca de 9.375.592 paranaenses.
Na ocasião o Deputado Nelson Justus que deixou momentaneamente o cargo de secretario de estado que ocupada para então desempatar a votação e decidir pela privatização da COPEL. Felizmente graças a mobilização popular a COPEL não foi vendida e é hoje uma das empresas mais lucrativas do Estado e é modelo para muitas outras no mundo.
Luiz Fernando Roscoche
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