terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Espaço Cultura do “Sítio Minguinho”

Situado a 11 km a partir do centro do município de Palmeira, sendo 9 km através da PR 151 (sentido Palmeira – São João do Triunfo), e mais 2 kilõmetros por estrada de terra o espaço cultural Sítio Minguinho proporciona uma viagem no tempo pelos ciclos econômicos da época da colonização dos ciclos econômicos da época da colonização do município. O “Sítio Minguinho” é resultado do incansável esforço e dedicação do professor e escritor Arnoldo Monteiro Bach, que não só reuniu objetos raros, mas principalmente conseguiu ambientar os espaços de modo a oferecer uma maior compreensão e contextualização dos objetos em cenários específicos. 
O local possui um amplo acervo de imóveis, objetos e utensílios criados ou trazidos pelos imigrantes de várias etnias, principalmente pelos Russos-alemães. Possui objetos em tamanho real, como o barbaquá, tafona, roda d’agua e monjolos.
O sitío possui várias ambientações como a réplica de uma sapataria, uma bodega, uma ferraria que mostram como eram os ofícios destas profissões hoje em extinção. Na ferraria Arnoldo explica como eram construídos os carroções e como estes contribuíram para o desenvolvimento econômico da região.  De acordo com ele, os carroções começaram a serem utilizados no Paraná em 1880 e até meados de 40 ainda serviam para fazer o transporte de mercadorias. Já a sapataria, Arnoldo faz uma homenagem ao seu falecido proprietário, o sapateiro Elias Mayer. A sapataria teria funcionado em outros tempo no local onde hoje se encontra a prefeitura municipal e mais tarde na rua Conceição, seu último endereço oficial antes de ser reconstituída no sítio. Outro ponto de destaque do atrativo é a casa típica russo alemã, ricamente adornada por objetos históricos e que faziam parte do dia-a-dia destes primeiros imigrantes.
Em todas as ambientações tudo foi planejamento nos mais mínimos detalhes, como por exemplo os quadros, revistas e jornais de época e entre outros artefatos que possibilitam o deleite dos mais meticulosos observadores.
Nas paredes do hall de entrada estão artigos de comunidades exóticas de etnias de Palmeira e região: Witmarsum (alemães), Capelinhas de Vieiras (portugueses), Sutil (africanos), Colônia Cecília (italianos anarquistas) e Colônia dos Russos.
Muitos objetos decoram o lugar, como ferros a brasa, lampiões, bengalas, rádios, porcelanas, amassadeira de pão e gamela. Não esquecendo do belíssimo fogão à lenha fabricado em Minas Gerais.
O tropeirismo, um dos importantes ciclos econômicos, responsável pela criação e crescimento de inúmeras cidades, inclusive Palmeira, não foi esquecido, pois lá estão presentes os objetos utilizados por estes em sua longa jornada na condução de tropas de gado de Viamão a Sorocaba.  E para aqueles que pensaram que os primeiros moradores de nosso município, os índios, foram esquecidos o autor mostra os objetos de cerâmicas e machadinhas que lá estão expostas
As visitas são guiadas pelo proprietário, Arnoldo Monteiro Bach, que é professor de história e autor de diversos livros que tratam sobre a história do município. O local vem recebendo desde sua abertura uma intensa visitação, seja de turistas das mais diversas partes do estado, autoridades governamentais e também grupos de estudantes.   
Os interessados em visitar o atrativo devem agendar com o proprietário através do telefones (42)9982-3583 ou (42)3252-3362. É válido lembrar que é cobrado ingresso, sendo que para grupos escolares é cobrada uma taxa diferenciada.

Luiz Fernando Roscoche

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