terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

TURISMO NA LOCALIDADE DO CERCADO

Essa é a impressão do visitante que visita a localidade do Cercado, a de estar “cercado” por belezas naturais. A localidade Cercado é uma parada obrigatória para aqueles que chegam até a localidade de Nossa Senhora das Pedras. A localidade do Cercado dista cerca de 35 quilômetros da sede do município de Palmeira ou ainda pouco mais de 5 quilômetros da Capela da Nossa Senhora das Pedras. O acesso a partir da sede do município pode ser feito pela BR 227, cerca de 5,8 quilômetros até a entrada que dá acesso a Colônia Quero-Quero. Da entrada que dá acesso a colônia até a BR 376 são 20 quilômetros por estrada asfaltada. Já na BR 376, mais precisamente no Km 534 está a entrada de acesso para a localidade de Nossa Senhora das Pedras e Cercado. Da BR 376 até o atrativo são 11 quilômetros por estrada de terra que encontra-se em condições regulares de tráfego. Antes de chegar a área mais povoada da localidade de Cercado o turista avistará o afloramento de enormes blocos de rocha que datam, assim como toda a região, do período devoniano, representando assim na escala geológica uma formação que compreende entre 416 milhões e 359 milhões de anos atrás. O lugar além de sua importância geológica fornece o cenário perfeito para muitas fotos. Vale lembrar que parte da região faz parte da Área de Proteção Ambiental da Escarpa Devoniana, criada por decreto de 1992. 
Um dos primeiros destaques do local são suas famosas cavernas que ficam a pouco mais de 800 metros a partir de uma pequena Igreja Evangélica ou ainda cerca de 30 minutos de caminhada por um terreno íngreme a de mata fechada.
Antes de mais nada, o visitante que tiver interesse em conhecer as cavernas deverá em primeiro lugar estar acompanhado de um guia que conheça a região e além disso estar equipado com lanternas, cordas, roupas e calçados adequados e suprimentos de água a comida.
A entrada de uma das cavernas possui uma pequena abertura com diâmetro pouco superior a 50 centímetros, onde o visitante tem que se arrastar por cerca de 2 metro até atingir o salão da caverna onde encontram-se vários espeleotemas (estalactites, estalagmites, colunas, cortinas e outros), e que infelizmente, em razão da ação predatório de alguns visitantes encontram-se cada dia mais depredados. Para esses vândalos é sempre válido reiterar o lema dos espeleólogos que diz que de uma caverna “nada se tira, a não ser fotografias; nada se deixa, a não ser pegadas; nada se leva, a não ser lembranças." 
Já a entrada da segunda caverna encontra-se a poucos metros da primeira, no entanto sua entrada é quase vertical onde o visitante deve descer amparando-se nas pedras ou ainda com a ajuda de uma corda. No primeiro salão da segunda caverna que possui cerca de uns 2,5 metros de altura, poucos espeleotemas, muitas rochas soltas e a presença de morcegos e ainda algumas aranhas e opiliões. Na segundo ambiente da caverna, a surpresa, um salão de grandes dimensões guarda uma cachoeira de águas límpidas em seu interior. A abertura da caverna é outro atrativo a parte pois as luzes do sol e o verde da mata refletem na água do córrego da caverna.
Depois das cavernas o visitante poderá conhecer um mirante natural que encontra-se a uma altitude de 1.060 metros acima do nível do mar. O local além da magnífica vista oferece a possibilidade da praticada de esportes como o rapel e a escalada uma vez que possui quase 100 metros de altura. Para chegar até o mirante o visitante passará pela propriedade de Edemilson Gonçalves, que atua como funcionário da Associação Menonita de Assistência Social e como guia local. Edemilson diz que constantemente leva visitantes de diversas regiões do Estado para conhecer as cavernas, cachoeiras, mirantes e trilhas da região e sempre enfatiza a importância histórica do local, uma vez que este era um ponto de parada dos tropeiros.

Luiz Fernando Roscoche

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