terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

GANHANDO DINHEIRO COM A MISÉRIA !

GANHANDO DINHEIRO COM A MISÉRIA !

Embora possa parecer bastante contraditório, o sistema capitalista consegui achar uma forma de gerar lucro até mesmo com a miserabilidade de milhões de pessoas. A muito anos vem sendo feito um tipo diferente de turismo, um tanto excêntrico e inusitado, onde as pessoas tem a chance de conhecer lugares como as Favelas do Rio de Janeiro, visitas a campos de concentração, como o de Auschwits e câmaras de gás na Alemanha ou ainda visitar uma aldeia pobre da África, ou de algum outro país subdesenvolvido.     
Você consegue achar graça ao ver um mendigo nas ruas, ou melhor, pagaria para desfrutar desta experiência desafortunada ? Aproveitando a desgraça destas pessoas, uma agência de turismo holandesa resolveu oferecer a seus clientes algo ainda mais próximo da vida real dos mendigos, por 400 dólares (aproximadamente R$ 1.4000 ). Por esta bagatela os turistas podem viver durante quatro dias nas ruas de Londres, Paris ou Amsterdã como verdadeiros mendigos. É proibido aos turistas o uso de bermudas, filmes fotográficos ou bagagem, sendo-lhes permitido levar somente um cobertor, um instrumento musical ou um caderno de desenhos, acessórios que podem ser úteis na hora de pedir esmola.
Com o dinheiro que conseguir arrecadar, o viajante deverá comprar sua comida ou, bebida. Os mendigos de mentirinha dormem ao relento, como seus colegas verdadeiros. Ao fim desse tour, eles podem “desintoxicar-se da pobreza e miséria”, passando alguns dias com um tratamento cinco-estrelas em um hotel chique da cidade. Pena, que o mesmo tratamento não possa ser dado aos  verdadeiros mendigos. Surpreendentemente, mesmo depois de tanta provação, há quem dispense o hotel.
Embora o programa seja bastante realista, não deixa de ser uma encenação, pois de longe, funcionários da Kamstra Travel, a agência responsável pelo aventura, vigiam permanentemente os turistas, por vezes tirando foto dos mesmos para recordação da viagem, ou ainda para intervir no caso de maiores confusões ou violência. É esse esquema de segurança que
justifica o preço.
A programação, porém, não é totalmente segura, afirma Anneke Bakker, gerente da agência e portanto, idosos, crianças e adolescentes não são aceitos.
Algumas críticas estão sendo levantadas contra este tipo de turismo, pois tratam a pobreza com certo descaso e excentricidade, ferindo ainda mais a dignidade das pessoas pobres. Já o gerente da empresa e outras pessoas e autoridades ligadas ao setor afirmam que através desta experiência as pessoas mais ricas acabam sensibilizando-se com as dificuldades vivenciadas por estas pessoas e acabam até ajudando. 

(baseado em notícia da Gazeta do Povo)
Luiz Fernando Roscoche

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