segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

LEGISLAR EM CAUSA PRÓPRIA

Porque políticos gastam mais em suas campanhas do que o valor que receberão durante todo o seu mandato? Nenhuma pessoa em sã consciência gastaria mais do que irá receber em seu mandato a não ser que receba algum “benefício extra”, ou que tenha a certeza de que seu salário possa se elevar de maneira significativa.
Sobre o primeiro caso, é comum políticos aprovarem projetos que beneficiam certas empresas ou setores da sociedade em troca de “alguma ajuda financeira”. Por exemplo, não é raro assistirmos empresas públicas lucrativas serem privatizadas a “preço de banana” graças ao apoio de políticos. Algumas empresas fazem vultosas doações para os partidos políticos esperando que esse “favor” seja pago no momento em que os políticos assumam seus mandatos.
Existem alguns projetos de lei que são instituídos sem a menor fundamentação técnica ou científica, ou seja, baseado no “achismo” dos políticos. Muitos desses projetos acabam inclusive prejudicando a vida da população.
Um exemplo de projetos sem a menor fundamentação foi a lei que instituía a obrigatoriedade do uso do kit de primeiros socorros. A lei obrigava todos os brasileiros a terem esses kits em seus automóveis. O kit que custava cerca de R$30,00, era composto por ataduras, esparadrapos, luvas, tesoura e outros. Enquanto esteve vigente, quem ganhou com a lei foram as farmácias e industrias do setor. Porém, graças à pressão popular evidenciou-se a incoerência e os riscos da lei que acabou sendo revogada.
Enquanto o governo federal anuncia cortes no orçamento para 2011, (o Ministério da Educação terá o maior corte de verbas, perdendo 1,2 bilhões de reais), a câmara aprovou nessa ultima quarta-feira por 275 votos a favor e 35 contra, a urgência do projeto que aumenta o salário de membros do Congresso Nacional, do presidente e vice-presidente da República e dos ministros de Estado para R$ 26,7 mil.
Os deputados e senadores terão um reajuste de mais de 60%, já no caso do presidente da República e do vice, que recebem atualmente R$ 11,4 mil, o reajuste será de 133,9%. O aumento dos ministros será maior ainda, já que eles recebem R$ 10,7 mil.
Parece piada se falar em aumento de 60% ou 133% para excelentíssimas autoridades enquanto o aumento do salário mínimo (para fevereiro de 2011) será de apenas 5,5%.
A carreira política está cada vez mais disputada entre os mal intencionados, afinal, é um “emprego” que não exige muita experiência, quase nenhuma qualificação (afinal, temos políticos que são semi-analfabetos), não precisa cumprir horário (vide o caso de deputados que quase não comparecem as sessões), você pode aumentar seu próprio salário (como atualmente está ocorrendo) e “pode tirar um por fora” com projetos de lei que beneficiem seus aliados.

domingo, 12 de dezembro de 2010

BELO MONTE: CONSTRUÍDA A QUALQUER CUSTO

Luiz Fernando Roscoche -Prof. da Universidade Federal do Pará

Todos já devem ter ouvido falar da polêmica construção da Usina Belo Monte, a ser construída dentro dos limites do município de Altamira, na chamada volta grande do Rio Xingu. O governo tenta a qualquer custo dar andamento as obras contrariando os movimentos sociais da região e contrariando a opinião de um painel dos mais gabaritados especialistas do Brasil e do exterior.
Toda obra de grande impacto ambiental em nosso pais como portos, aeroportos, rodovias, linhas de transmissão, áreas de mineração e outros (inclusive hidrelétricas) precisam de um Estudo de Impacto Ambiental (EIA). EIA foi introduzida no Brasil como um dos instrumentos da Política Nacional do Meio Ambiente, por meio da Lei Federal nº 6.938/81, regulamentada pelo Decreto nº 88.351/83.
Depois de feito a Estudo de Impacto Ambiental de Belo Monte, um grupo de especialistas redigiu um documento que examina a viabilidade da construção da usina intitulado “Painel de especialistas: analise critica do Estudo de Impacto Ambiental do Aproveitamento Hidrelétrico de Belo Monte. Participam desse painel mais de 60 pesquisadores de universidade brasileiras e estrangeiras.
Só para construção dos diques de contenção da usina exigiria a movimentação de pedras e terras na ordem de 200 milhões de m³, número este semelhante as escavações do Canal do Panamá.
Segundo os especialistas a construção de Belo Monte “é uma das mais complicadas obras de engenharia da história da hidroeletricidade brasileira”, e que estaria associado ainda a inúmeros “problemas de concepção técnica, omissões e confusões”.
A construção do projeto afetará uma área de 1000 km² e uma migração forçada de mais de 20 mil pessoas que seriam teoricamente realojadas. Calcula-se ainda, que o empreendimento provocaria uma migração de mais de 100 mil pessoas para a região de Altamira que possui atualmente, segundo estimativas do ano de 2007, cerca de 92 mil habitantes.
Segundo Jorge Molina Carpio , a jusante da barragem haverá não só uma diminuição do fluxo do rio mais também um rebaixamento do lençol freático. Já em Altamira o lençol freático poderia se elevar na cidade com riscos do afloramento de água no meio da cidade.
Os pesquisadores Sônia Magalhães , Rosa Acevedo e Edna Castro apontam falhas no projeto da estimação do tamanho das famílias que segundo o projeto seria composta em média por 3,14 indivíduos, quando na verdade seriam entre 5 a 7 pessoas, fato este que no mínimo duplicaria a população afetada. Eles acrescentam ainda a contradição do projeto que com o desvio de mais de 80% da vazão do rio irão afetar a população indígena (que é protegida por direitos constitucionais) sequer foi considerada como “diretamente atingidos pelo empreendimento”. Segundo Nirvia Ravena , é violado o direito de segurança hídrica da população que sequer foi mencionado no projeto da Belo Monte. Para ela “não apresentar o problema, portanto, é uma forma de torná-lo invisível e assim confundir os operadores da justiça que não observam nenhum direito violado”.
Antônio Carlos Magalhães, alerta para o fato de que as principais obras ficarão ló limite das terras indígenas e assim sujeitas aos impactos físicos e sociais e culturais que a proximidade do canteiro de obras irá proporcionar além do fluxo de pessoas em busca de emprego. O mesmo autor, diz ainda que o empreendimento vai mudar a vazão do Xingu e de seus afluentes, havendo mudanças nos trechos navegáveis, além de “importante perda de fauna aquática e terrestre” e transformando certas áreas em um estado de “verão permanente”.
O entomólogo Inocêncio Gorayed , prevê que a área a jusante da barragem sofrerá um processo de ressecamento e que existe a possibilidade do surgimento de uma superpopulação de mosquitos, entre eles os vetores da malária. O pesquisador ainda pondera que a população migrante contribuirá como fonte retro-alimentadora de recursos para as superpopulações de mosquitos e descontrole de doenças. José Marcos da Silva e Rosa Carmina denunciam o fato de que não foi feito um diagnóstico da situação da saúde da população, não possuindo parâmetros para avaliação de situações futuras.
Vera Gomes, sobre o aspecto da saúde vai ainda mais longe a afirma a atenção dada a saúde no EIA é “absolutamente insuficiente”. Segundo ela saúde não se restringe a atenção primária mas também atendimento de urgência e emergência que de conta de especialidades como neurologia, cardiologia, etc. Áreas estas que segundo ela se apresentam nos dias atuais bastante deficitárias.
Philip Fearnside , uma das maiores autoridades sobre emissões de GEE em hidrelétricas afirma que as hidrelétricas emitem metano, um gás estufa com 25 vezes mais impacto sobre o aquecimento global por tonelada de gás carbônico. Segundo Fearnside, o EIA de Belo Monte omite estudos cientificamente consagrados neste sentido e não se manifesta sobre essa consequência.
Geraldo Mendes dos Santos , uma das maiores autoridades sobre ictiofauna Amazônia comente que “não há um só parágrafo sequer sobre a avaliação dos impactos que a hidrelétrica acarretará sobre ele [os mamíferos aquáticos], nem sobre o ambiente em que vivem. Segundo ele “esta omissão é grave e precisa ser reparada”.
Segundo Hernandez e Fearnside, o projeto deve servir para as fábricas eletrointensivas, sendo implantadas e expandidas na região e não para abastecer o mercado nacional, pois, as conexões e transmissões ainda sequer foram dimensionadas. Os autores concluem considerando que “o Brasil não precisa de Belo Monte- um projeto cheio de problemas – que deveria ser abandonado”.


1-(Engenheiro e Hidrólogo do Instituto de Hidráulica e Hidrologia e da Universidad Mayor de San Andrés,Bolívia)
2-Doutora em Antropologia e Sociologia pela Universidade Federal do Para e Université de Paris 13, França. Professora Visitante da Universidade Federal do Para.
3-Doutora em História e Civilização pela École dês Hautes Études en Sciences Sociales, França. Pós-Doutorado pelo Centre National de la Recherche Scientifique, França.
4- Doutora em Ciências Sociais pelo École des Hautes Études en Sciences Sociales, França. Pós-Doutorado pelo Centre National de la Recherche Scientifique, França.
5- Doutora em Ciência Política (Ciência Política e Sociologia) pelo Instituto Universitário de Pesquisas do Rio de Janeiro/IUPERJ.
6- Doutor em Entomologia pelo INPA. Pós-doutorado em Sistemática Zoológica, na Florida State Collections of Arthropods, Gainesville, Florida, USA". Pesquisador titular de Zoologia- Entomologia, do Museu Paraense Emílio Goeldi
7- Especialista em Saúde Pública pela Fundação Oswaldo Cruz, Centro de Pesquisas Aggeu Magalhães – Ministério da Saúde do Brasil.
8- Doutora em Saúde Pública pela Fundação Oswaldo Cruz.
9- Doutor em Ciências Biológicas - University of Michigan - Ann Arbor. Pesquisador titular III do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA).
10-Doutor em Biologia de Água doce e pesca interior Ictiólogo com estudos nas áreas de taxonomia, biologia e ecologia de peixes amazônicos. Pesquisador em programas de diagnóstico ambiental em várias sub-bacias amazônicas. Secretário-executivo do Grupo de Estudos Estratégicos Amazônicos (GEEA).
11-Mestre em Energia, Doutorando em Energia PPGE USP

quarta-feira, 30 de junho de 2010

PORQUE PLANEJAR UM EVENTO?

PORQUE PLANEJAR UM EVENTO?
Quem já não planejou um aniversário ou um churrasco? Porém, tais experiências não tornam uma pessoa capaz de organizar ou planejar um evento público ou privado de maior porte.
Existem cursos técnicos e disciplinas em cursos superiores (como o caso da disciplina de planejamento e organização de eventos nos cursos de turismo) que discutem as técnicas e especificidades dessa área.
Os eventos podem ter como objetivos uma comemoração, celebração, homenagens, trabalhos, negócios, instrumento de marketing de empresas e municípios, apresentação de produtos e outros.
Hoje, muitos eventos não alcançam os objetivos esperados e o resultado disso é o desperdício de recursos, a insatisfação e a frustração de expectativas, tanto das pessoas que promovem, como das que participam de tais eventos. Para que eles atinjam os objetivos esperados torna-se necessário realizar um planejamento adequado a cada tipo de evento.
O planejamento e a organização de evento exigem certa clareza quanto à sua natureza (se o evento é público, privado ou misto), qual será a abrangência, (nacional, regional, local), quem será o público alvo do evento, que meios de comunicação serão usados para divulgar e promove-lo e quais os protocolos e cerimônias que devem ser seguidos.
Quando se sabe a localização e as características do público alvo, fica mais fácil formatar a propaganda e o meio de comunicação mais econômico e eficaz para se atingir os objetivos.
Antes de se definir um local e uma data torna-se necessário saber se o local comportará o número de visitantes esperados e se a estrutura e equipamentos irão satisfazer as necessidades dos visitantes.
A escolha da data é fundamental para que se certifique que nenhum outro evento estará ocorrendo ao mesmo tempo ou ainda, se o período em que se pretende realizar a festividade é um período reconhecidamente favorável. Por exemplo: períodos de chuva e frio intensos costumam prejudicar eventos a céu aberto. Uma consulta a órgãos de metereologia ou históricos de índice de pluviosidade pode ajudar a antever possíveis problemas de ordem climática.
Outra medida importante no planejamento de um evento é a atribuição das tarefas entre os envolvidos e definição de seus direitos e responsabilidades.
Torna-se fundamental que se definam quais serão os custos e os prováveis benefícios desse evento e como esses serão distribuídos entre os envolvidos. Por exemplo, existem eventos realizados que beneficiam comerciantes de fora do município e que tem custos direcionados para o poder público ou ainda sobre a comunidade local.
Em eventos públicos de grande porte é imprescindível, especial atenção às condições de segurança, higiene, informações dos produtos e serviços disponíveis, bem como itinerários de shows, apresentações, palestras, e outros.
Em eventos de maior porte são efetuadas pesquisas de demanda com o intuito de identificar o perfil dos visitantes, sua idade, profissão, forma de deslocamento, estimativas de gastos, suas opiniões em relação aos produtos e serviços ofertados, bem como suas críticas e sugestões aos próximos eventos. A pesquisa de demanda permite ao planejador saber exatamente quais foram os pontos positivos e negativos do evento com a finalidade de corrigir as falhas e proporcionar mais conforto e credibilidade ao publico nas próximas ocasiões.
Os eventos apresentam uma série de imprevistos que podem prejudicar ou até mesmo inviabilizar sua realização. Pensando dessa forma, para que um evento tenha o êxito desejado o planejador deve tentar antever na medida do possível, os imprevistos que podem vir a surgir e assim propor medidas mitigadoras para amenizar os impactos negativos que possam ocorrer.
Luiz Fernando Roscoche

segunda-feira, 28 de junho de 2010

A viagem não acaba nunca

José de Sousa Saramago (Azinhaga, Golegã, 16 de Novembro de 1922 — Lanzarote, 18 de Junho de 2010) foi um escritor, argumentista, jornalista, dramaturgo, contista, romancista e poeta português.

«A viagem não acaba nunca. Só os viajantes acabam. E mesmo estes podem prolongar-se em memória, em lembrança, em narrativa. Quando o viajante se sentou na areia da praia e disse: “Não há mais que ver”, sabia que não era assim. O fim da viagem é apenas o começo doutra. É preciso ver o que não foi visto, ver outra vez o que se viu já, ver na Primavera o que se vira no Verão, ver de dia o que se viu de noite, com sol onde primeiramente a chuva caía, ver a seara verde, o fruto maduro, a pedra que mudou de lugar, a sombra que aqui não estava. É preciso voltar aos passos que foram dados, para os repetir, e para traçar caminhos novos ao lado deles. É preciso recomeçar a viagem. Sempre. O viajante volta já.»

Assim é. Assim seja.


JOsé Saramago

Fonte: Rafaela Pacheco Dalbem - http://minhasbobagenscotidianas.blogspot.com/

sábado, 19 de junho de 2010

DESMAMANDO A ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO PARANÁ

Quem já presenciou a “apartamento” ou o “desmame” de crianças? Tal fato é marcado por muito choro e sofrimento. A tentativa de enxugar o quadro de pessoal da Assembléia Legislativa do Estado do Paraná passa por um processo muito semelhante.
Depois das denúncias de que existiriam funcionários fantasmas na ALEP, o presidente da casa Nelson Justus, disse que resolveria tal problema com o recadastramento dos servidores da casa. Segundo Justus, “todos os funcionários teriam de fazer um novo cadastro funcional a partir de 22 de março”. O cadastramento teria se encerrado no dia 16 de abril.
Para proceder o recadastramento, os funcionários precisavam apresentar declaração de que não acumulam cargos em outros órgãos públicos, cópia dos documentos pessoais (como CPF e título de eleitor), comprovante de residência e declaração do Imposto de Renda. Cabe lembrar que segundo a legislação vigente sobre a contratação de funcionários comissionados na ALEP, não é permitido que um funcionário trabalhe na Casa e ao mesmo tempo, atue como sócio-administrador ou diretor de qualquer empresa.
Segundo o levantamento feito pela RPC-TV e Gazeta do Povo, dos 1.941 funcionários em cargos comissionados que a Casa tinha, 1.759 se recadastraram e foram mantidos no cargo. Os outros 182 funcionários possivelmente estariam em condições irregulares ou simplesmente não quiseram se recadastrar preferindo perder seu emprego. O levantamento registrou ainda que a ALEP possui 496 servidores efetivos e desses, 454 estão alocados no setor de administração da Casa, sem especificar contudo, o que fazem. Além dos servidores efetivos, ainda estão lotados na Administração da Assembléia 250 comissionados.
O número de funcionários na administração da assembléia anteriormente era bem menor, pois muitos funcionários teriam migrado do gabinete de alguns deputados para o setor de administração da casa. Tal remanejamento seria uma manobra de alguns deputados que tentavam burlar a nova lei que limita para 23 o número máximo de funcionários comissionados para cada gabinete.
O Deputado Jocelito Canto (que recentemente teria dito que o caixa dois é uma coisa normal na política e que defende a permanência da mesa diretora da casa) cobrou explicações, no último dia 15, do presidente da casa sobre a dita “migração de funcionários” dos gabinetes para a administração geral.
Coincidentemente, a maioria dos servidores “migrantes” era ligada ao próprio Justus (40 funcionários) ou ao primeiro-secretário da Assembléia, Alexandre Curi (29 servidores).
Esse ultimo fato, deixa claro que presidente da Assembléia é suspeito de atividades irregulares e que portanto deveria se afastar, (juntamente com toda mesa diretora) para que, uma investigação séria e isenta pudesse prosseguir.
Segundo comenta (por correspondência) o promotor de Justiça, Fuad Faraj ao Procurador-Geral de Justiça do Ministério Público do Estado do Paraná Olympio de Sá Sotto Maior Neto, Nelson Justus “deve ser considerado pelo Ministério Público como possível autor de ilícitos e, como tal, ele é tão suspeito pelas ilicitudes praticadas na Casa do Povo quanto o Diretor-Geral afastado”.
Diante disso duas perguntas são necessárias:
1) Será que a nova tentativa de recadastrar os funcionários do setor da administração da assembléia corrigirá alguma irregularidade ou será mais um manobra para mudar nomes e formas e deixar tudo como está?
2) Até quando a população do Estado do Paraná deixará e letargia e reagirá diante desses disparates políticos e administrativos que envergonham e ridicularizam nosso Estado?
Parece que alguns deputados resistem em deixar os seus cargos assim como seus funcionários e protegidos de seus cargos junto a assembléia. Realmente uma separação muito traumática e dolorosa à aqueles que já estava tão afeiçoados a “querida mãe”: a Assembléia Legislativa do Estado do Paraná.

Luiz Fernando Roscoche

sexta-feira, 7 de maio de 2010

OS DIÁRIOS SECRETOS SEGUNDO OS DEPUTADOS

Diante das denuncias sobre o escândalo dos Diários Secretos da Assembléia Legislativa do Estado do Paraná, buscou-se contato com todos os deputados no último dia 3 de maio, para que estes respondessem a duas perguntas.
Dos 54 deputados paranaenses, apenas quatro responderam.
A primeira pergunta era a posição do deputado em relação a permanência ou afastamento da mesa diretora da assembléia.
Na segunda pergunta, questionava-se como os deputados achavam que o escândalo dos Diários Secretos afetariam as eleições de 2010.
E deputado Alexandre Curi, se posicionou contra o afastamento da mesa diretora da Assembléia pois, segundo ele, após as denúncias “a Mesa Diretora da Assembléia estabeleceu diversas medidas internas, amplamente divulgadas pelos meios de comunicação, com o propósito de solucionar questões envolvendo o quadro funcional da Casa, bem como colaborar expressamente com as requisições do Ministério Público, fornecendo documentações e outras providencias solicitadas”. Na opinião do deputado, “independentemente da confiança ou do ceticismo do cidadão paranaense com relação às medidas adotadas” a mesa diretora estaria cumprindo com o proposto aos casos denunciados.
Com relação a segunda pergunta, o Deputado Alexandre Curi deu uma resposta evasiva ao questionamento. Segundo ele, “[...] caberá ao eleitor julgar através do voto a confiança em determinado candidato que em sua análise melhor represente os seus anseios. E esses anseios são muito relativos. Podem variar desde aquilo propalado pelos cientistas sociais até aos interesses “clientelistas” que alguns cidadãos e candidatos aceitam numa relação ainda vigente em nosso país, mesmo a contra gosto da sociedade e das leis. Porém absolutamente realista, e nada mais que isso”, concluiu o deputado.
Já o deputado Marcelo Rangel se posicionou “a favor do afastamento de todos os envolvidos no caso”. Quanto a influência do escândalo dos Diários Secretos, nas próximas eleições, este acredita “ser muito positiva, deixando o eleitor muito mais atento e com ciência de seus direitos de cobranças”.
O Deputado Tadeu Veneri, de modo bastante sucinto, se posicionou a favor do afastamento da mesa diretora. Com relação ao segundo questionamento, acredita que “seriam todos impactados pelo que está ocorrendo”.
O Deputado Luiz Eduardo Cheida, por sua vez, diz ser a favor de que “o Ministério Público investigue (e dê publicidade) TODOS os 54 deputados e não só os deputados da Mesa Diretora”. Com relação ao impacto dos escândalos nas eleições de 2010, considera que aqueles que corrompem, continuarão comprando votos “e, com isso, suas chances de voltar [reeleger] serão maiores do que os que trabalham honestamente, não corrompem e, por isso, têm um eleitorado mais critico”. Segundo ele, os deputados que trabalham honestamente “perdem cada vez mais”. Segundo Cheida, “quanto mais suja parece a política, mais os políticos sujos ampliam suas chances”.
O Deputado diz estar indignado com tal situação e que teria procurado a Ordem dos Advogados do Brasil e Conselho Regional dos Contabilistas, para que estes participem como observadores externos, de todo o processo de sindicância e recadastramento que a Assembléia vai realizar. Defende que tal situação não deve ficar como uma mera atividade interna e que é necessário que toda a sociedade acompanhe os processos em tempo real. O deputado finaliza sua correspondência com a seguinte mensagem: “Nosso país só será uma grande Nação quando os homens de bem tiverem a mesma ousadia dos canalhas. Por isso, não se abata! Lute junto com todos os que querem uma Assembléia honesta e livre daqueles que usam a política para fazer negócios.”

por Luiz Fernando Roscoche

A CASA DO POVO OU A CASA DA MÃE JOANA?

Vergonha é a palavra que melhor define o sentimento de grande parte da população do Paraná em relação a Assembléia Legislativa do Estado do Paraná (ALEP).
No dia 16 de março de 2010 vem a público o resultado de quase dois anos de investigação dos jornalistas Karlos Kohlbach, Katia Brembatti, James Alberti e Gabriel Tabatchek, que analisaram mais de 700 diários oficiais editados entre 1998 e 31 de março de 2009.
Essa investigação apurou que entre janeiro de 2006 e março de 2009, a existência de 2.178 atos secretos do Legislativo, que segundo os jornalistas, serviriam para ocultar nomeações, demissões e pagamentos irregulares. Sem numeração os diários impossibilitam a fiscalização por parte da sociedade. Calcula-se que nesse período, tenha ocorrido cerca de 1,8 mil contratações dessa forma. Entre essas contratações estariam moradores do litoral de Santa Catarina, ex-deputados, agricultores e outros que, ou são funcionários fantasmas ou são usados como “laranjas” para o desvio de dinheiro da Assembléia.
Segundo o chefe do arquivo da Assembléia, Walter Kraft, desde 2008, a desculpa comumente dada a imprensa (para que não tenham acesso aos diários) é de que estes estariam sendo encadernados. Funcionários da assembléia teriam dito, “que é intencional o fato do setor ainda não ser informatizado”. Existiria um espaço dentro da Assembléia, onde muitos documentos ficam guardados, mas o acesso seria restrito somente a pessoal autorizado pelo então do diretor-geral da ALEP, Abib Miguel. .
É interessante observar que a imprensa conseguiu descobrir o que o Tribunal de Contas deixou passar. O Tribunal de Contas do Estado, responsável por fiscalizar a aplicação do dinheiro público nos municípios e órgãos estaduais no Estado do Paraná aprovou por unanimidade e sem restrições as últimas três prestações de contas da ALEP, dos anos de 2006, 2007 e 2008.
Somente depois de quase dois meses do escândalo é que o Ministério Público do Paraná denunciou os três ex-diretores da Assembléia Legislativa do Paraná e o funcionário João Leal de Mattos, por desvio de dinheiro público, formação de quadrilha, lavagem de dinheiro e falsidade ideológica.
Após as denuncias, “os ratos” começaram a abandonar o barco que estava afundando, primeiro foi Abib Miguel que pediu afastamento no dia 18 de março, seguido por seu braço direito José Ary Nassiff no dia 22 de março.
Muitos acham pouco provável que todas essas irregularidades tenham ocorrido sem o conhecimento de Nelson Justus, porém, este se nega a deixar a presidência da casa.
Somente os deputados Douglas Fabrício, Felipe Lucas, Marcelo Rangel, Tadeu Veneri e Ney Leprevost, tornaram público seu pedido de afastamento do presidente da casa.
Em contraposição, entre os favoráveis pela permanência de Nelson Justus, está o deputado Jocelito Canto. Além de defender o presidente da Assembléia, o deputado virou noticia nacional, quando em pronunciamento no plenário da Assembléia no dia 14 de março, teria dito que o caixa 2 é normal na vida pública e que “está presente em todas as eleições”.
Em meio a tantas denuncias, estudantes iniciaram uma onda de protestos. Um deles ocorreu no dia 21 de abril, quando estudantes adentraram a Assembléia e teriam sido revistados e agredidos por seguranças. O primeiro-vice-presidente da Casa, Antônio Anibelli (PMDB) teria ameaçado “dar um soco na cara” do tesoureiro da União Paranaense dos Estudantes Secundaristas (Upes), José Le Fenechl Neto, caso ele colasse um adesivo do Movimento Caça-Fantasma na lapela de seu terno. Anibelli teria proferido ainda a seguinte frase “Escuta aqui, rapaz, aqui quem manda sou eu, não é você”.
O deputado Anibelli parece não gostar muito de alguns direitos constitucionais como liberdade de expressão e liberdade de imprensa pois na ultima quarta-feira proibiu a entrada da imprensa no local para registrar a sessão. Segundo o “nobre” deputado, algumas pessoas estariam circulando no ambiente com roupas inadequadas e atrapalhando as discussões.
Segundo o site Bem Paraná, a decisão de Anibelli ocorreu após instauração de inquérito pelo Ministério Público do Paraná para investigar todos os membros da Mesa Executiva da Casa, entre eles, o próprio Anibelli.
Talvez alguns deputados tenham esquecido que num regime democrático, o povo dá e o povo tira o poder, seja através do voto ou do impeachment.
Tentativas de silenciar protestos pacíficos e a própria imprensa nos fazem lembrar dos obscuros tempos das ditaduras.
Felizmente, esse é um ano de eleições onde mais uma vez o povo terá a oportunidade de renovar a política de nosso país e de nosso Estado.

Fonte de dados e informações: Gazeta do Povo

Luiz Fernando Roscoche

quarta-feira, 5 de maio de 2010

AS BELEZAS NATURAIS DE SÃO JOÃO DO TRIUNFO

Os fatores naturais, sem dúvida alguma, tiveram uma grande importância na historia de São João do Triunfo. Tanto isso é verdade que o município tráz em seu brasão de armas a figura do pinheiro o qual remete ao ciclo econômico da madeira e um ramo de erva-mate, outra importante ciclo econômico.
A hidrografia da região é outro fator relevante na história do município, com destaque para a navegação do Rio Iguaçu, considerado um dos fatores do desenvolvimento do município.
Além do Rio Iguaçu, há outros importantes rios como: o Rio da Vargem, Rio dos Patos, Rio Lajeadinho, Rio Água Branca e outros. Além de uma importante malha hidrográfica, o município conta ainda com inúmeras quedas d’água como a Cachoeira de Coxilhão do Meio onde é possível encontrar duas quedas d’água: uma de 10 e outra de 5 metros de altura. Ao lado da cachoeira é possível encontrar uma gruta de 1 metro de altura. Na mesma localidade, existe ainda a Cachoeira da Araucária (que dista 12 km do centro do município), que possui uma queda d’água de 25 metros de altura. Ainda na localidade Coxilhão do Meio (a apenas 8 km do município) é possível encontrar o Salto do Pinheiro de Pedra, com aproximadamente 15 metros de altura. O salto recebe esse nome por passar por baixo de uma formação rochosa que alguns acreditam se assemelhar a um pinheiro de pedra. Na localidade de Faxinal dos Seixas, encontramos a Cachoeira do Seixas (que dista 26 km da sede), com queda de cerca de 7 metros de altura. Na vegetação de entorno, é possível encontrar xaxins, taquara, guabiroba, pinheiro, pinus e outras espécies.
Para os banhistas que preferem águas mais plácidas a opção é se dirigir ao Rio do Baio, nas proximidades da Escola Argemiro Luiz de Lima.
Para os amantes de observação da flora e fauna o município conta com o Parque Municipal do Iguaçu, uma área com 46.700,00 m² localizada na Vila Palmira as margens do Rio Iguaçu.
Outro atrativo que mescla belezas naturais, religiosidade e patrimônio história é o Parque da Gruta, uma área de 62.713,50 m² e que foi tombada como patrimônio histórico, paisagístico, turístico e religioso de São João do Triunfo pela Lei 549/1990. Nessa área acontece uma das mais importantes festividades do município, a Festa da Nossa Senhora Conceição, que atrai em média cerca de 5 mil visitantes, oriundos de toda a região dos Campos Gerais, Curitiba e região metropolitana.
Embora as belezas naturais de São João do Triunfo não se esgotem nesse pequeno relato, é o bastante para instigar um passeio por essas terras. Talvez uma observação mais detalhada faça com que alguns trechos do hino do município ganhem maior sentido para turistas e visitantes. “Salve esta gleba gigante de belezas naturais. Nossos jovens triunfantes não contemplaram iguais” [..] Salve as verdes florestas, cor da esperança da terra. Pássaros cantam em festa, na alvorada da nascente se encerra”.

quarta-feira, 14 de abril de 2010

CURSO DE ELABORAÇÃO DE ROTEIROS TURISTICO

Apresentação
A sociedade mudou e a forma de se fazer turismo também se modificou, não basta mais viajar, torna-se necessário ter experiências únicas para serem lembradas para o resto de nossas vidas e os turistas desejam e esperam que essas lembranças sejam boas e superem suas expectativas. Hoje os turistas possuem um amplo leque de informações a seu dispor a respeito dos locais que pretendem visitar e por essa razão se tornaram mais exigentes. O turismo é composto por uma soma de produtos e serviços como transporte, alimentação,hospedagem, entretenimento, lazer, compras e outros. Para que o turista tenha plena satisfação em sua viagem é necessário que todas essas “engrenagens” do turismo funcionem de maneira harmoniosa e que acima de tudo ofereçam dicas e serviços únicos. Desse modo, este curso tem o objetivo de capacitar e habilitar pessoas para o desenvolvimento e implantação do processo de planejamento e elaboração de roteiros turísticos.
Conteúdo Programático
• O que é o turismo?
• Classificação do turismo;
• Tipos de turistas;
• Tipos de turismo;
• Roteiros turísticos;
• Elementos básicos de um roteiro turístico
• Tipos de roteiros turísticos;
• Exemplos de pacotes turísticos
• Contratos de viagem;
• Posição do destino em um roteiro;
• Tipos e classificações de atrativos turísticos;
• Tipos de serviços turísticos
• Perfis dos grupos de turistas;
• Preparação Técnica do Roteiro
o Selecionar as informações
o Analisar os elementos e a estrutura do roteiro
o O programa de viagem
 check list
 analisar o perfil do grupo
 preparar o esquema operativo
 preparar o programa de visitas e excursões
 preparar as explicações para a viagem
 organizar a agenda
 organizar o material da agência
• Atendendo ao programa e cronograma
• Atividades opcionais
• Alterações e cancelamento do programa
• Plano de contingência
• Solução de problemas
• Antecipação dos problemas

Certificados: serão fornecidos certificados aos participantes que tiverem 75%, de comparecimento no curso.

Carga horária total: 16 horas

Investimento: à combinar

Palestrante: Prof. Msc. Luiz Fernando Roscoche
Graduado em Geografia pela Universidade Estadual de Ponta Grossa; Mestre em Turismo pela Universidade de Caxias do Sul. Atuou como bolsista e pesquisador da Fundação Araucária, MEC/SESU, Capes (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior). Realizou e participou de trabalhos técnicos junto a Secretaria de Turismo do Governo do Estado do Paraná e Prefeituras Municipais da Região dos Campos Gerais. Atua como colunista e colaborador de diversos jornais da região. Leciona a mais de 5 anos junto a Universidade Estadual de Ponta Grossa, atuando nos cursos de geografia, química tecnológica, engenharia civil, turismo e biologia. Atuou como instrutor do SENAC (Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial) ministrando os cursos de informações turísticas, elaboração de roteiros turísticos, recepcionista de hotel e planejamento e organização de eventos. Trabalhou no curso de licenciatura em geografia modalidade à distância da Universidade Estadual de Ponta Grossa e atualmente no curso de Gênero e Diversidade na Escola à Distância promovido pela Universidade Federal do Paraná. Integrante de grupos de pesquisa, autor de capítulos de livros, artigos científicos e demais publicações.

Contato: (42)9916-5700 E-mail: luizfrrs@hotmail.com

CURSO DE ELABORAÇÃO DO INVENTÁRIO DA OFERTA TURÍSTICA MUNICIPAL

CURSO DE ELABORAÇÃO DO INVENTÁRIO DA OFERTA TURÍSTICA MUNICIPAL
Apresentação:
Sabemos que muitos municípios possuem um grande potencial turistico, mas que ainda não fizeram deste um verdadeiro produto turistico. Para que possamos divulgar e até mesmo vender o nosso produto turistico é necessário conhecer esse produto. Nesse sentido o Inventário da Oferta Turistica se reveste de suma importância uma vez que possibilitará o conhecimento da realidade e do potencial local, servindo também como uma base técnica e material para consulta, divulgação e conscientização de investidores, turistas e da própria comunidade. O Inventário deve ser atualizado constantemente para que subsidie o planejamento turístico do município em todas as suas fases. É também através dele que se podem medir os avanços e retrocessos no desenvolvimento turístico municipal, através de informações como fechamento ou criação de hotéis, restaurantes, criação de infra-estrutura e outros.
Quanto mais abrangente sua elaboração, mais diversificada e provavelmente mais atraente a imagem do município, que pode ser transportada do inventário para a elaboração de uma estratégia de marketing;

Público Alvo:
Funcionários públicos ligados ao setor do turismo; empresários do setor; alunos de cursos técnicos e superiores de turismo e áreas afins.

Conteúdo Programático:
• O que é turismo?
• Sistema turístico:
• Conceitos e definições de oferta turística;
• Definindo inventário da oferta turística turístico;
• Importância do Inventário da Oferta Turística;
• Orientações técnicas e governamentais para a realização do inventário da oferta turística;
• Principais produtos e usuários do Inventário Turístico;
• Elaboração do inventário da oferta turística:
 Identificação do município;
 Atrativos turísticos;
 Serviços e Equipamentos Turísticos;
 Infra-estrutura de apoio ao turismo;
• Organização da equipe de trabalho;
• Técnicas de pesquisa;
• Organização e apresentação dos dados;
• A utilização do inventário turístico na elaboração de materiais promocionais;
• O Inventário Turístico como ferramenta para o Planejamento Turístico Municipal;



Certificados: serão fornecidos certificados aos participantes que tiverem 75%, de comparecimento no curso.

Carga horária total: 16 horas

Investimento: à combinar

Palestrante: Prof. Msc. Luiz Fernando Roscoche
Graduado em Geografia pela Universidade Estadual de Ponta Grossa; Mestre em Turismo pela Universidade de Caxias do Sul. Atuou como bolsista e pesquisador da Fundação Araucária, MEC/SESU, Capes (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior). Realizou e participou de trabalhos técnicos junto a Secretaria de Turismo do Governo do Estado do Paraná e Prefeituras Municipais da Região dos Campos Gerais. Atua como colunista e colaborador de diversos jornais da região. Leciona a mais de 5 anos junto a Universidade Estadual de Ponta Grossa, atuando nos cursos de geografia, química tecnológica, engenharia civil, turismo e biologia. Atuou como instrutor do SENAC (Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial) ministrando os cursos de informações turísticas, elaboração de roteiros turísticos, recepcionista de hotel e planejamento e organização de eventos. Trabalhou no curso de licenciatura em geografia modalidade à distância da Universidade Estadual de Ponta Grossa e atualmente no curso de Gênero e Diversidade na Escola à Distância promovido pela Universidade Federal do Paraná. Integrante de grupos de pesquisa, autor de capítulos de livros, artigos científicos e demais publicações.

Contato: (42)9916-5700 E-mail: luizfrrs@hotmail.com