quarta-feira, 30 de junho de 2010

PORQUE PLANEJAR UM EVENTO?

PORQUE PLANEJAR UM EVENTO?
Quem já não planejou um aniversário ou um churrasco? Porém, tais experiências não tornam uma pessoa capaz de organizar ou planejar um evento público ou privado de maior porte.
Existem cursos técnicos e disciplinas em cursos superiores (como o caso da disciplina de planejamento e organização de eventos nos cursos de turismo) que discutem as técnicas e especificidades dessa área.
Os eventos podem ter como objetivos uma comemoração, celebração, homenagens, trabalhos, negócios, instrumento de marketing de empresas e municípios, apresentação de produtos e outros.
Hoje, muitos eventos não alcançam os objetivos esperados e o resultado disso é o desperdício de recursos, a insatisfação e a frustração de expectativas, tanto das pessoas que promovem, como das que participam de tais eventos. Para que eles atinjam os objetivos esperados torna-se necessário realizar um planejamento adequado a cada tipo de evento.
O planejamento e a organização de evento exigem certa clareza quanto à sua natureza (se o evento é público, privado ou misto), qual será a abrangência, (nacional, regional, local), quem será o público alvo do evento, que meios de comunicação serão usados para divulgar e promove-lo e quais os protocolos e cerimônias que devem ser seguidos.
Quando se sabe a localização e as características do público alvo, fica mais fácil formatar a propaganda e o meio de comunicação mais econômico e eficaz para se atingir os objetivos.
Antes de se definir um local e uma data torna-se necessário saber se o local comportará o número de visitantes esperados e se a estrutura e equipamentos irão satisfazer as necessidades dos visitantes.
A escolha da data é fundamental para que se certifique que nenhum outro evento estará ocorrendo ao mesmo tempo ou ainda, se o período em que se pretende realizar a festividade é um período reconhecidamente favorável. Por exemplo: períodos de chuva e frio intensos costumam prejudicar eventos a céu aberto. Uma consulta a órgãos de metereologia ou históricos de índice de pluviosidade pode ajudar a antever possíveis problemas de ordem climática.
Outra medida importante no planejamento de um evento é a atribuição das tarefas entre os envolvidos e definição de seus direitos e responsabilidades.
Torna-se fundamental que se definam quais serão os custos e os prováveis benefícios desse evento e como esses serão distribuídos entre os envolvidos. Por exemplo, existem eventos realizados que beneficiam comerciantes de fora do município e que tem custos direcionados para o poder público ou ainda sobre a comunidade local.
Em eventos públicos de grande porte é imprescindível, especial atenção às condições de segurança, higiene, informações dos produtos e serviços disponíveis, bem como itinerários de shows, apresentações, palestras, e outros.
Em eventos de maior porte são efetuadas pesquisas de demanda com o intuito de identificar o perfil dos visitantes, sua idade, profissão, forma de deslocamento, estimativas de gastos, suas opiniões em relação aos produtos e serviços ofertados, bem como suas críticas e sugestões aos próximos eventos. A pesquisa de demanda permite ao planejador saber exatamente quais foram os pontos positivos e negativos do evento com a finalidade de corrigir as falhas e proporcionar mais conforto e credibilidade ao publico nas próximas ocasiões.
Os eventos apresentam uma série de imprevistos que podem prejudicar ou até mesmo inviabilizar sua realização. Pensando dessa forma, para que um evento tenha o êxito desejado o planejador deve tentar antever na medida do possível, os imprevistos que podem vir a surgir e assim propor medidas mitigadoras para amenizar os impactos negativos que possam ocorrer.
Luiz Fernando Roscoche

segunda-feira, 28 de junho de 2010

A viagem não acaba nunca

José de Sousa Saramago (Azinhaga, Golegã, 16 de Novembro de 1922 — Lanzarote, 18 de Junho de 2010) foi um escritor, argumentista, jornalista, dramaturgo, contista, romancista e poeta português.

«A viagem não acaba nunca. Só os viajantes acabam. E mesmo estes podem prolongar-se em memória, em lembrança, em narrativa. Quando o viajante se sentou na areia da praia e disse: “Não há mais que ver”, sabia que não era assim. O fim da viagem é apenas o começo doutra. É preciso ver o que não foi visto, ver outra vez o que se viu já, ver na Primavera o que se vira no Verão, ver de dia o que se viu de noite, com sol onde primeiramente a chuva caía, ver a seara verde, o fruto maduro, a pedra que mudou de lugar, a sombra que aqui não estava. É preciso voltar aos passos que foram dados, para os repetir, e para traçar caminhos novos ao lado deles. É preciso recomeçar a viagem. Sempre. O viajante volta já.»

Assim é. Assim seja.


JOsé Saramago

Fonte: Rafaela Pacheco Dalbem - http://minhasbobagenscotidianas.blogspot.com/

sábado, 19 de junho de 2010

DESMAMANDO A ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO PARANÁ

Quem já presenciou a “apartamento” ou o “desmame” de crianças? Tal fato é marcado por muito choro e sofrimento. A tentativa de enxugar o quadro de pessoal da Assembléia Legislativa do Estado do Paraná passa por um processo muito semelhante.
Depois das denúncias de que existiriam funcionários fantasmas na ALEP, o presidente da casa Nelson Justus, disse que resolveria tal problema com o recadastramento dos servidores da casa. Segundo Justus, “todos os funcionários teriam de fazer um novo cadastro funcional a partir de 22 de março”. O cadastramento teria se encerrado no dia 16 de abril.
Para proceder o recadastramento, os funcionários precisavam apresentar declaração de que não acumulam cargos em outros órgãos públicos, cópia dos documentos pessoais (como CPF e título de eleitor), comprovante de residência e declaração do Imposto de Renda. Cabe lembrar que segundo a legislação vigente sobre a contratação de funcionários comissionados na ALEP, não é permitido que um funcionário trabalhe na Casa e ao mesmo tempo, atue como sócio-administrador ou diretor de qualquer empresa.
Segundo o levantamento feito pela RPC-TV e Gazeta do Povo, dos 1.941 funcionários em cargos comissionados que a Casa tinha, 1.759 se recadastraram e foram mantidos no cargo. Os outros 182 funcionários possivelmente estariam em condições irregulares ou simplesmente não quiseram se recadastrar preferindo perder seu emprego. O levantamento registrou ainda que a ALEP possui 496 servidores efetivos e desses, 454 estão alocados no setor de administração da Casa, sem especificar contudo, o que fazem. Além dos servidores efetivos, ainda estão lotados na Administração da Assembléia 250 comissionados.
O número de funcionários na administração da assembléia anteriormente era bem menor, pois muitos funcionários teriam migrado do gabinete de alguns deputados para o setor de administração da casa. Tal remanejamento seria uma manobra de alguns deputados que tentavam burlar a nova lei que limita para 23 o número máximo de funcionários comissionados para cada gabinete.
O Deputado Jocelito Canto (que recentemente teria dito que o caixa dois é uma coisa normal na política e que defende a permanência da mesa diretora da casa) cobrou explicações, no último dia 15, do presidente da casa sobre a dita “migração de funcionários” dos gabinetes para a administração geral.
Coincidentemente, a maioria dos servidores “migrantes” era ligada ao próprio Justus (40 funcionários) ou ao primeiro-secretário da Assembléia, Alexandre Curi (29 servidores).
Esse ultimo fato, deixa claro que presidente da Assembléia é suspeito de atividades irregulares e que portanto deveria se afastar, (juntamente com toda mesa diretora) para que, uma investigação séria e isenta pudesse prosseguir.
Segundo comenta (por correspondência) o promotor de Justiça, Fuad Faraj ao Procurador-Geral de Justiça do Ministério Público do Estado do Paraná Olympio de Sá Sotto Maior Neto, Nelson Justus “deve ser considerado pelo Ministério Público como possível autor de ilícitos e, como tal, ele é tão suspeito pelas ilicitudes praticadas na Casa do Povo quanto o Diretor-Geral afastado”.
Diante disso duas perguntas são necessárias:
1) Será que a nova tentativa de recadastrar os funcionários do setor da administração da assembléia corrigirá alguma irregularidade ou será mais um manobra para mudar nomes e formas e deixar tudo como está?
2) Até quando a população do Estado do Paraná deixará e letargia e reagirá diante desses disparates políticos e administrativos que envergonham e ridicularizam nosso Estado?
Parece que alguns deputados resistem em deixar os seus cargos assim como seus funcionários e protegidos de seus cargos junto a assembléia. Realmente uma separação muito traumática e dolorosa à aqueles que já estava tão afeiçoados a “querida mãe”: a Assembléia Legislativa do Estado do Paraná.

Luiz Fernando Roscoche